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CADÊ A MINHA MÃE!!?? Com todos os segredos da culinária, que eu não aprendi!!??

É sério.... Ela SABIA cozinhar! 

E eu, nos entremeios da vida profissional, só me virava na cozinha, fazendo o que podia... principalmente os doces - huumm!!

Pena que faltou mais curiosidade enquanto ela estava viva, além de tempo, pra aprender os truques que só quem nasceu pra cozinhar é que sabe.

Ela não tinha receitas prontas, então comecei a pesquisar e descobri que nem sempre dá certo, pois há muitas variáveis: as medidas e a temperatura dos ingredientes, o forno adequado, a mão de quem cozinha...

Algumas receitas dela consegui resgatar, como a panqueca doce ou a batata-salsa frita ou o bolinho de carne que posso dizer que ficaram iguais.
Até hoje, vivo atrás da receita perfeita de pão, pra ficar com o gosto de infância na boca e me lembrar do: Mangia, que te fa bene! que ela dizia perante minha cara de satisfação... Já descobri, pelo menos, que era o formato que influenciava o gosto. A primeira vez que enrolei o pão em forma de rocambole, quase cheguei lá. Mas ainda falta algo... Menos óleo, mais óleo (acho que ela usava banha de porco...), mais farinha, sem ovo....  Gosto de mão de mãe, talvez... Um bocado giusto de mamãezinha. Enquanto isso, vou testando meu pão multiuso.

Claro que a cultura culinária evoluiu, trazendo o leite condensado (kkkk) e ficou na história o doce de leite apurado por 1 hora no fogão...

Também ficou mais fácil de cortar alguns legumes e preparar assados: já estão praticamente prontos na geladeira dos supermercados!!!

Minhas filhas sentem falta da polenta, frango e radicci preparados pela minha mãe, mas surgiu o Tender da Mahma preparado por mim (esperamos ansiosamente o ano inteiro pra degustar esse que é o nosso prato principal do Natal e do Ano Novo - o resto virou acompanhamento...). Elas também trouxeram sua contribuição, desenvolvendo seus próprios estilos (Bolo Salgado Juju e Torta Felpuda Cami).

Os ingredientes prontos têm essa facilidade: economizam o tempo de preparo e podemos criar várias possibilidades dentro de pratos já´consagrados. E aí surgem delícias como creme de baunilha para recheiodoce de abóbora, geleia de morango, palha italiana, pavê de creme, torta assada de bolacha, macarrão ao sugo, mjadra, etc.

 

Façamos, portanto, uma, duas, três vezes a mesma receita, mudando as variáveis, usando a criatividade, ousando... Afinal, o prazer de cozinhar está também em fazer tudo isso funcionar, além de saborear algo muuuito bom!!! ​

 

Comida sempre foi, na verdade, só uma desculpa para estarmos juntos com quem gostamos e para nos fazer bem - como dizia minha mamma

 

Eis a minha herança culinária, pequena, mas de coração (de mãe-formiga), se precisarem de desculpas pra ficar sempre com quem gostam.

Mah

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